sexta-feira, 11 de novembro de 2011

10/11/2011

O que é que você tem que sempre faz eu parar minha vida, mudar meus planos, meu passos, só pra ficar meia hora do seu lado ? Que mania feia essa minha de abrir mão de tudo por migalhas de sua atenção, virou mania, rotina. Mas as vezes acho que o universo conspira a favor, ou contra não sei, o mundo para de maneira assustadora, nada mais importa, é sempre assim. Mas é preciso parar, parar de esfriar meu coração, minhas lágrimas parecem ácidos e me corroem. A lei é essa recebo ilusão distribuo arrogância e frieza, sou assim, não tem jeito. Daqui a pouco o coitado do coração some, se desfaz, e ai como faz ? Cansei de chorar, de esperar, de criar expectativas. De sair de casa na esperança de vê-lo e voltar com a noite acabada porque você não apareceu. Não dá mais pra projetar algo onde não tem, aprende pelo amor de Deus criatura ! Mas é impossível, a espera é longa, confesso. Mas quando acontece é sempre tão bom que as lágrimas e as páginas encharcadas se secam, e sempre me resta a esperança da caneta ainda ter tinta pra continuar escrevendo a nossa história. Talvez eu seja mesmo como o mestre Cazuza, raspas e restos sempre me interessaram. Mas talvez a culpa seja do sorriso nuvem, mas não sei, não sei mesmo mesmo. (Ellen Pickler)

sábado, 5 de novembro de 2011

amor da minha vida.

Hoje, talvez tenha tirado a maior lição de toda a minha vida, passei o dia inteiro compartilhando gargalhadas com o real amor da minha vida. Hoje, descobri que não vai ser ninguém, não vai aparecer ninguém. O amor da minha vida não vai aparecer no cavalo branco pra me despertar de um sonho ruim. Ele compartilha os sonhos comigo desde sempre, briga comigo, se confidencia comigo, vive comigo. Hoje descobri que eu nasci com ele, e que ele é minha mãe.

04 de novembro.

O pior é essa sensação de vazio e essa vontade de ouvir sua voz. E ao mesmo tempo vontade de atirar o celular contra a parede, porque ele não toca, você não toca. Uma semana de expectativa e aqui estou eu, em casa, numa sexta-feira frustrada, mas como assim? É sexta-feira. Pra você ver coração, a que ponto chegamos... E por mais que eu fale tudo, sempre continuo com essas coisas atravessadas na garganta. Por mais banais e pífias que pareçam, me incomodam, me engasgam. São essas coisas simples e leves que tiram um peso enorme de suas costas, e do seu coração. Essas coisas que você manda como mensagem no meio da madrugada porque está com saudades e o remetente acorda irritado pra ler, mas quando lê, dá aquele super sorriso e te responde. É isso que eu queria por hoje, mandar uma dessas mensagens e receber uma resposta positiva. ' - Foge comigo?' ' - Agora!'

domingo, 30 de outubro de 2011

cinco dias.

Cinco dias. Pra quem ficou provavelmente um ano, não deveria ser nada. Mas pra quem ama e tem uma fome de presença nunca saciada, é muita coisa. Depois de um ano, os intervalos diminuíram para dois dias, estava ótimo. Agora, cinco ? É demais pra mim. Aliás, dois dias não eram ótimos, eram suficientes. Suficientes para a 'sua super vida' fazer você esquecer a minha existência. Suficientes para eu me encher de festas e bebidas, pra ver se te esqueço e se alegro a minha vida chata.Suficientes o bastante para você encontrar 'a da vez', que daqui a pouco vira ex e vai embora. E suficientes ainda, para eu me encher com o vazio da presença de outros, só pra eu ver se o espaço que é seu se preenche ou se ameniza esse sentimento que não vai embora nunca.
Ellen Pickler

Prefiro acreditar que é só mais um conto, os protagonistas do livro de nossas vidas são outros. O que aconteceu agora é só um conto à parte da história que viveremos juntos, você deu um pulinho lá fora, foi fumar um cigarro, tomar um ar, mas você vai voltar. Li o conto hoje, tentei ser forte! Gritei sozinha, não chorei, passei o resto do dia sorrindo. Sorrindo para ver se esqueço, ou para interpretar como piada. Esse festival de enganação é mesmo uma piada, cômico. Ela te engana, você a engana, vocês se enganam. Mas eu não me engano, vai passar, não vai vender nem  50 cópias, você vai voltar. O best seller da sua vida sou eu, mesmo que hoje tenha um punhal cravado nas minhas páginas. É difícil parecer forte. As páginas estão encharcadas, mas a capa continuará intacta. Continuarei sorrindo.

Ellen Pickler

sábado, 15 de outubro de 2011

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'Aqui no meio dessa minha embriaguez, vim à este papel à procura de algo que faça sentido, um argumento que me sustente, algo que me sustente. Sustente-me ao menos até o caminho da cama, que de repente, tornou-se incrivelmente longe. Mas a lucidez deu um pulinho aqui e avisou-me que no estado que me encontro tão pouco me sustento até a cama, quem dirá sustentar-me em argumentos.O engraçado é que a vida anda tão confusa que só mesmo bêbada tentaria arrumar algo que sustente-a. Uma coisa tenho certeza, a embriaguez me alegra na vida, mas a lucidez me alegra no papel. Adormeço na cadeira, lápis e papel em mãos.' Ellen Pickler

terça-feira, 11 de outubro de 2011

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Os conselhos são sempre os mesmos: mentir,  fingir,  ignorar, negar. É sempre essa mesma ladainha de gente que diz  entender mas não entende nada, dessa  gente que mesmo sendo amiga, você tem vontade de mandar desaparecer, justamente quando mais precisa que estejam perto.  Ninguém nunca tem uma coisa decente pra me dizer em relação à isso, ja me acostumei, sempre a mesma coisa, periódicamente. Pensando bem, é mesmo insensato querer que o discurso mude, quando a história é a mesma, não muda também. Uns acontecimentos novos, mas nada relevante, nada. Mas continuo achando os conselhos banais. Acho bobagem,  negar o inegável, o incontestável. Tentar  fingir, interpretar um papel. Como posso ignorar a pessoa  que mais quero que me note, e quando me nota como posso negar algo ?  Meu olhar não nega, e isto é uma coisa que ainda não aprendi a controlar. Estava interpretando bem, fazendo bem meu papel de atriz, mas chega uma hora que a gente cai na real,  os pés voltam ao chão. E hoje acabei achando tudo isso de atriz uma tremenda bobagem, não dá pra fingir,  sou como um tapa na cara, toma ou não toma, toca ou não toca, sem máscaras, sem disfarces, sem mentiras, eu amo, amo, te amo. Desse mesmo jeito, desmascarado, escacarado.
 Ellen Pickler